domingo, 6 de abril de 2014

Champions saída da bruma


O nosso Sporting volta a estar, para já, a quatro pontos do líder Benfica; mas a vitória em Paços de Ferreira por 3-1, neste sábado, deu-nos mais que isso. A presença na Liga dos Campeões da Europa está garantida e assim teremos o regresso 5 anos depois. Triunfo num terreno tradicionalmente difícil para a nossa equipa e que permite pressionar o Benfica, num jogo que, sem fazer uma super-exibição, justificou a vitória com uma prestação competente
Os visitantes foram controlando a primeira parte praticamente desde o seu início, com o meio campo a trabalhar mais e melhor do que o do Paços. Mais posse de bola, equipa do Sporting mais subida e, ainda antes do primeiro quarto de hora, uma bela combinação entre Slimani e William Carvalho terminou com o primeiro golo da noite, apontado pelo médio. A turma da casa ainda tentou reagir em duas iniciativas de Bebé, numa delas com direito a grande defesa de Rui Patrício, mas num pontapé de canto "esqueceram-se" de Rojo e o argentino apontou o segundo golo, numa altura em que o nevoeiro já reinava no estádio.
A segunda parte parecia surgir com o mesmo ambiente: pouca visibilidade e domínio do Sporting. Mas, à terceira iniciativa, Bebé conseguiu chegar ao golo, reduzindo a desvantagem caseira e animando o jogo. O Paços ocupou o lugar do adversário, passou a atacar mais e a "assustar", mas na primeira jogada ofensiva de registo do Sporting no segundo tempo... golo. Remate ao ângulo de Adrien, que mudou o conjunto de Jardim. O Sporting ganhou tranquilidade e pouco depois ganhou também superioridade numérica quando Filipe Anunciação (infantilmente) foi expulso - viu o segundo amarelo por mão na bola.
Na verdade o Sporting, apesar de ter sido superior na maioria do tempo, não criou muitas oportunidades de golo claras; nem precisou, porque foi eficaz. E justificou o resultado, que não se alterou até final apesar de boas intervenções, quer de Degra, quer de Rui Patrício.
Destaques:
William Carvalho - Classe. A jogada do primeiro golo (que, note-se, teve a grande ajuda do calcanhar de Slimani para a embelezar) é exemplo disso mesmo. A calma com que avança no meio-campo, tabela com o avançado, deixa Flávio Boaventura para trás com uma finta e ainda arranja tempo para inclinar o corpo de maneira a enganar o guarda-redes antes de chutar... não é para todos. Mais um bom jogo a vários níveis.
Adrien Silva - Mais uma para Paulo Bento engolir. Muito bem a combinar com William Carvalho e a levar o jogo para a frente. Teve quase sempre espaço para aproveitar na faixa central esquerda e fê-lo oportunamente. O remate  para golo de Adrien, sem hipóteses para o guarda-redes Degrá, foi, portanto, o momento que matou o jogo.
Marcos Rojo -  O central está com o pé quente e marcou em duas jornadas consecutivas, conseguindo o seu quarto golo na Liga. É certo que a falta de marcação na área do P. Ferreira ajudou, mas a calma do argentino para dominar a bola e chutar de pé esquerdo foi irrepreensível.
Slimani - Porque um ponta de lança não vive só de golos, o avançado argelino foi muito importante na condução ofensiva do Sporting. Ia atrás, olhava para os colegas que se desmarcavam e fazia jogar. O pormenor do calcanhar na jogada do primeiro golo dos leões veio apimentar uma boa exibição. Duas assistências para a carteira.
Rui Patrício - Sem ele o resultado poderia ter sido outro. Por 3 vezes evitou o golo ao perigoso Bebé.

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